30 de maio de 2011

Como se Fosse Especial

Eu deitei. Olhei para o teto assim. Tudo claro. A luz forte no meu rosto. E por um instante esqueci de mim. É que nesse instante eu pensei ser alguém especial.

Assim. Assim como quando se encontra uma esperança  verde no meio do nada. E você está sozinho e só tem o barulho do vento por companhia. 

Como quando você está de bolso vazio e de repente tropeça em uma moeda de 1 real. Eu pensei. Como quando se encontra uma pessoa com gostos em comum. Tipo, música, filme, comida, risada e palavrões. Sim. Palavrões, e por que não?

E assim mesmo. Assim como quem não quer. Eu me enganei. Descobri que não sou única porque iguais a mim tem tantas outras. E tantas que ouvem música, e veem filmes, e bebem bebidas e riem das risadas alheias e até dizem alguns palavrões. 

Sabe que eu quase me derramei toda por isso? E aí um dia desses eu acordei e olhei para todas as minhas fotografias e elas estavam lá. Intactas! Inteiras! Sem sombras. E eu descobri que para ser especial é preciso, primeiro, fazer de uma outra pessoa um ser especial. Eu me perdi.

O que eu estava dizendo mesmo? Espera. Voltei. Eu voltei. O que eu quero dizer é que eu não sou como tantas outras dos filmes, das comidas, dos palavrões, das bebidas e das risadas. É isso.

E o porquê de tudo isso? É o meu riso. Meu riso se destaca. Ele é diferente. É diferente assim. Assim como. Sabe aquela fotografia?

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