16 de junho de 2011

Desesperadamente

E desejou. Deitou a cabeça no travesseiro e desejou dormir naquele instante. Como numa fuga desesperada. Como quando fugimos de algo conturbado e com quase nenhuma perspectiva. E de repente o dia se foi e nada foi alcançado. 

E nada foi produtivo. E de repente se está na cama. A cabeça no travesseiro. E quase nenhuma expectativa. E quase nenhuma esperança no meio de tanta turbulência.

E de repente se afunda na água turva até o pescoço. E de repente. O mesmo desejo. O mesmo dia. A mesma cama. E é preciso desejar forte. Muito forte assim: que tudo mude, que tudo mude. E acreditar que um dia será possível deitar a cabeça no travesseiro e pegar no sono tranquilamente e acordar no dia seguinte com algo novo em mãos. Uma nova perspectiva. Um novo tempo? Quem sabe...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você pode dizer muito ou quase nada; pode apenas fincar as suas unhas e aranhar a minha janela ou derrubar as cortinas, não tem problema: mostre que você está vivo! Obrigada por estar aqui!