25 de outubro de 2012

A Cartomante e o Homem do Futuro

Durante este tempo, eu ainda estava morando próximo à beira do cais, no Recife Antigo, e ainda mantinha a ideia do bem-viver como algo que purificava o espírito. Conservava a alma com a pureza do ar que, naquele tempo, se podia respirar tranquilo. Era noite, o Recife mantinha a calmaria marítima da noite e o cais, obscurecido, era agitado apenas pela passagem dos trabalhadores e visitantes do lugar. Mas algo chamava a atenção: a mulher de cabelos compridos e batom vermelho reluzente sentada no batente próximo ao galpão de carga e descarga. Parecia muito pensativa.