7 de dezembro de 2011

Na Parte que Cabe o "Eu"

Vem e derrama sobre mim o teu olhar como flecha que alcança o alvo preciso em uma pequena fração de segundos, e me reconstrói inteira como se eu fosse instrumento bruto em tuas mãos. E me enche de palavras cheias de hiatos e ditongos constantes em mares de letras que desconheço, por serem novas para mim, e as transforma em frases  reveladoras.

23 de novembro de 2011

Melodrama

A sequência de atos apresentados por ela não obedecia a uma lógica narrativa porque queria quebrar o conceito de que "tudo faz parte de um grande espetáculo, e os grandes espetáculos fazem parte de um excesso já saturado em todos os meios".

16 de novembro de 2011

Futebol e Cinzas

Assim quando a gente perde a respiração e percebe que o grito não vem porque as veias não bombeiam mais o sangue e de repente o corpo cai, indefeso, em falso. E simplesmente a emoção engoliu a palavra e encheu todo o pulmão de ar e parou de bombear para o coordenador da vida: coração, por que te agitas? É assim quando o coração tremula ao ver a bandeira do time que provoca emoções fortes na gente e ela está lá, intacta, no alto do mastro formando ondas ao vento. A cada vento forte que passa por ela.

Assim também pode ser dita a emoção de ver na avenida a Escola de Samba que desfila sua alegria e provoca o público com suas cores vibrantes e aguça o pensamento. “É este ano!”. É assim quando o jogador entra em campo e faz o sinal da cruz e toca no gramado e pensa: “hoje é o meu dia. Vou fazer um gol!”.

8 de novembro de 2011

Vou Cantar pra Saudade

E eu o vi, Júlio, e foi quando você começou a cantar as cores e o vento e você disse, em voz alta, que era para mim e você desenhou, em vermelho, um acorde no chão da minha rua de pedras azuladas e polidas com o teu canto manso e gentil e você me falou de tudo quanto é canto e você me fez alegre naquela noite encantada que você criou só para mim como num sonho que perdura e invade a alma de canto a canto e faz tudo ao redor brilhar como uma lâmpada fluorescente e como o meu sapato vermelho que eu comprei só para lembrar de você.

26 de outubro de 2011

As Cortinas

Fechei as cortinas para além da janela da minha imaginação e publiquei, com base em argumentos plausíveis, o amor em bebida doce. E como tudo tem um contraponto, derrubaram minha teoria com o argumento de que na literatura não há suporte para tal abordagem e tudo o que se dizia doce junto com amor foi rejeitado.

20 de outubro de 2011

Por Trás das Cores

Estava chovendo muito, apressou os passos para alcançar logo a calçada da sua casa. Quando entrou, chegou perto da vidraça e viu que a chuva ainda caía forte, olhou abaixo o jardim todo florido e a rua estava quase deserta. "Hoje o dia será monótono" disse em voz alta; tomou um banho e pensou em ir para a cama; o jeito era ficar o resto do dia embaixo das cobertas, mas ao virar-se em direção ao quarto o telefone tocou. Som estridente; ela correu para atender, e pensou: "talvez alguém me dê um motivo para sair de casa". 

17 de outubro de 2011

Céus Frígidos

Estava se revirando de tanto desespero, é que hoje, ao acordar, ela foi até a janela que dá para o jardim e descobriu que, como todas as outras coisas, as flores haviam secado e o tempo, contrariando a previsão, estava frio e seco. 

E lhe ocorreu um pensamento sólido que fez todo o seu corpo tremer, tamanha intensidade: “não importa o quanto alguém manipule seus sentimentos, a verdade permanecerá intacta”.

13 de outubro de 2011

O Paradoxo da Idade

Ilustração: Edilma
 E o tempo havia corroído as risadas e a calçada da sua mocidade; a mão e o ferrolho do portãozinho velho da casa em que ele morara.

 Quando decidiu abrir o portão, a rua já estava escura, não havia nenhum barulho ao redor. Inclinou-se, abriu o ferrolho e o ruído do ferro ressoou por entre a escuridão e foi nesse ínterim que ele viu a si mesmo, como numa lembrança perturbadora de uma fotografia antiga e pensou que o tempo havia sido covarde em seus atos. Caminhou até a entrada da casa; quando deu por si, havia entrado na sala onde ele estava sentado em sua cadeira de vime, o rosto envelhecido, o olhar amável e a boca ensaiando um meio sorriso que logo foi desfeito ao ver-se a si mesmo e perceber o quanto as coisas haviam mudado entre um espaço e outro da vida. 

29 de setembro de 2011

O Começo

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
– Não quero mais te perder de vista.

O relógio por pouco não colocava um ponteiro sobre o outro, atestando o eterno ciclo dos dias. Nunca o dito popular “não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje” fez tamanho sentido.

26 de setembro de 2011

O Significado dos Gestos



Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
Ela abriu um largo sorriso. Quando as palavras rompem a barreira da tensão, as coisas se mostram mais claras e compreensíveis. Entre uma conversa e outra, a distância foi minimizada. 

Não houve fórmula, apenas um pedido de desculpas e um abraço. O significado dos gestos; a clareza das palavras, maior que o incômodo da fuga. 

22 de setembro de 2011

As Experiências e o Reconhecimento

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
Banalizaram o amor, só pode. Está tudo tão corriqueiro que a melhor saída passou a ser a porta que dá para o inverno. É tanto “eu te amo” que é difícil saber quando é verdade. 

Os dois haviam passado por péssimas experiências, frustrações. No fim das contas, tinham medo. Só não sabiam exatamente do quê. 

19 de setembro de 2011

Adeus Resistência

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
A resistência, no entanto, não durou muito. Em silêncio, lembrou-se de como era bom ter o corpo dela junto ao seu, o quanto foi forte dizer com os olhos coisas de amor. Estava absorvido pela lembrança daquele perfume que ficou impregnado em seu corpo o dia inteiro. Como se livraria dele?

15 de setembro de 2011

O Equívoco

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
Não, não se joga fora uma noite como aquela. Estava ali para por as coisas no eixo, cada quê em seu devido lugar.


– O homem com quem dividi lençóis tinha um coração.


– Peço desculpas; eu... Estou um pouco confuso.

12 de setembro de 2011

Duas Almas

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
Havia lhe dado o que tinha de melhor, seu afeto, e o que recebia de volta?

Até a noite passada, sentia-se leve. Por conversarem bastante, abriam-se como duas almas que se entendem. Ele confessava seus amores errados, tantas namoradas a quem havia dado rosas e recebido cinzas.

8 de setembro de 2011

O Encontro

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
À medida que olhava o relógio, a ansiedade aumentava; começou a inquietar-se, não tinha como voltar: o caminho era desconhecido, as respostas também. O medo aflorava pelas incertezas do encontro. Pensou em declinar, mas ouviu o barulho de passos fortes atrás de si. Era ele.

5 de setembro de 2011

Na Escuridão

Por Deivid e Edilma

Ilustração: Edilma
Passos firmes, ela cruzou a Avenida Sul e foi ter com ele na Rua Estreita. O que havia posto como missão, passou a ser vontade. Vontade incontida de encontrá-lo. De olhá-lo. De fazer as perguntas que a inquietavam.

29 de agosto de 2011

Sentimentalidades

Gostava de ficar ali, rente à janela, onde os pingos da chuva batiam com uma constância perturbadora e onde o Sol iluminava o rosto de quem se posicionasse no lugar em que ela está agora.
 
Caminhou até ali com passos quase que cronometrados, apoiou-se no parapeito e olhou as mãos e percebeu o quanto elas estavam envelhecidas e concluiu que o tempo havia passado rápido demais e ela ainda nem chegara a viver um terço do que gostaria.

15 de agosto de 2011

A Conclusão

Não, a conclusão não é a morte –  refletiu por alguns instantes. Mas, certamente – pensou ele –, a vida não é um mar de rosas; mais um ponto para o óbvio! A diferença, entre uns e outros, é a quantidade de dinheiro que cada um tem no caixa porque, no fim, todos vão para o mesmo buraco. É certo que uns preferem virar cinzas; outros a gaveta – que é para conservar o corpo.

8 de agosto de 2011

Das coisas que interpretamos

Houve um período da vida em que eu tive medo do escuro porque me massacravam com o lema: "fantasmas existem”. E eu, ainda na inocência, acreditava piamente na história e o sono demorava a chegar e eu começava a tremer sob os lençois de algodão azul, que minha mãe gostava de por na cama.

Hoje eu ainda tenho um pouco de medo do escuro, mas não é de qualquer escuridão. A minha alma é que fica obscura e é um clamor quando acontece e aí tenho que agir rápido; algo está errado. Daí eu fico com medo porque a vida está pesando em mim.

1 de agosto de 2011

A Idade

A primeira impressão não é a que fica. Essa é a minha primeira percepção das coisas. O único problema é que eu não consegui provar por A+B que isso é de fato verdadeiro; mas eu, ao menos, tentei fazê-lo.

Os depoimentos que colhi, para embasar o que aqui exponho, não serviram de aporte por uma simples questão de confiabilidade.

25 de julho de 2011

João e o Pé de Feijão

João, rapaz avarento, gastou o último centavo que a mãe guardava na algibeira. Esta, por sua vez, vê-se obrigada a vender a única coisa que lhe resta: uma vaca.

Encarregado de fazer o negócio, João encontra um açougueiro que lhe propõe uma troca: a vaca por um pé de feijão mágico. Pensando ter feito bom negócio, ele volta eufórico; mas quando a mãe toma conhecimento da besteira que o filho fez, retruca: “meu filho, como você é bobinho; vamos dormir com fome”. E o João, para mostrar que é esperto, diz: “mas o moço falou que o pé de feijão é mágico”.

18 de julho de 2011

Certified Information


Já foi o tempo em que uma pessoa chegava numa barraca da esquina e comprava fiado só com a cara.

E dizia coisas como: você pode me vender, mês que vem eu pago; confie, que quando eu tiver dinheiro eu dou o dobro; me ajude hoje, amanhã eu lhe ajudo.

11 de julho de 2011

De Cara para a Lua

imagem adaptada
Ele acordou. A boca seca. Os cabelos desgrenhados. Sentou. Olhou os bolsos. Revirou a carteira. Dinheiro. Documentos. Nada. Deve ser um pesadelo, concluiu. Só pode ser isso: um pesadelo.

4 de julho de 2011

Amanhã, quem sabe amanhã

Conte-me. Qualquer coisa. Diga que não sabe dançar. E se souber, fale da sensação de cada passo que se dá. Cada rodopio. Cada volta. Diga-me o que for.

27 de junho de 2011

O Jogo Ainda não Acabou

Deitada, coberta dos pés à cabeça, Cláudia se pergunta por que ainda está na cama. Já passa das 12h00 e ela ainda não tomou o seu primeiro gole de café. Se sente vencida como se nada mais houvesse a fazer. Se sente diminuída como se nunca tivesse feito um gesto agradável na vida.

20 de junho de 2011

Significado

Quando eu era pequena, ouvia muita gente falar sobre ‘felicidade’ e eu nunca soube, ao certo, o que significava. Não. Estou mentindo. Eu soube durante um tempo. Já na adolescência a casa desabou e com ela todas as lembranças boas que eu havia construído.

16 de junho de 2011

Desesperadamente

E desejou. Deitou a cabeça no travesseiro e desejou dormir naquele instante. Como numa fuga desesperada. Como quando fugimos de algo conturbado e com quase nenhuma perspectiva. E de repente o dia se foi e nada foi alcançado. 

13 de junho de 2011

Dias de Euforia

No dia em que a euforia tomou conta de mim eu estava sentada na cadeira ao lado da janela vendo os carros passarem para lá e para cá tocando suas buzinas frenéticas e acendendo seus faróis enfezados. 

6 de junho de 2011

Momento Híbrido

- Eu quero isso - ela disse em voz alta - , mas não tenho! Hoje eu tentei escrever. Juro. É que minha cabeça deu voltas e voltas e não consegui colocar nada no papel. Nada. Nada.

Sabe. Me retorço da por essa tua inspiração repentina. Talvez não tão repentina assim. Mas repentina.

2 de junho de 2011

Superfície

Após refletir um tempo, finalmente ele decide se sentar. Barulhos de copos. Pessoas que falam apressadamente. Outras que cantam qualquer coisa como “só amanhã de manhã...”. Ele pouco incomodado. Estava mais preocupado consigo.

Ficou pensando o que realmente estava fazendo ali. Talvez não fosse a melhor maneira de encarar as coisas. E se, por acaso, existisse a ‘melhor maneira’, ele bem que gostaria de saber. E enfim veio a decisão.

30 de maio de 2011

Como se Fosse Especial

Eu deitei. Olhei para o teto assim. Tudo claro. A luz forte no meu rosto. E por um instante esqueci de mim. É que nesse instante eu pensei ser alguém especial.

Assim. Assim como quando se encontra uma esperança  verde no meio do nada. E você está sozinho e só tem o barulho do vento por companhia. 

26 de maio de 2011

Mudança

       Tantas coisas. São tantas que é difícil de explicar. Uma borracha que falta para apagar uma frase mal desenvolvida. Uma caneta sem tinta. Um caderno com páginas rasgadas onde, exatamente, não deveria. E mais um apontador com a lâmina cega.

23 de maio de 2011

Como o Dia e a Noite

E aí ele disse a ela: - Eu sou intenso.

E ela replicou com firmeza: - Não, você mata as pessoas. Você as prende e castra. Isso é intensidade?

17 de maio de 2011

O Mesmo Caminho de Sempre

       E o Zé que como sempre fazia todas as vezes. Comeu um pão seco que estava em cima da mesa e bebeu seu gole de café matinal. Foi à sala e pegou sua bicicleta com os pneus já desgastados. 

11 de maio de 2011

Distância

 Estou aqui sentada. E não exatamente pensando em você ou em nós, mas eu estou com aquele caderno que você me deu. Nossa, como eu tinha medo de escrever nele. Lembro uma vez que você me disse: - Mas isso é loucura. É só um caderno. E eu disse que podia até ser, mas que eu tinha medo. Pois é. Agora estou com ele. 

9 de maio de 2011

Super-Homem

- Era assim. Quando eu era pequeno me via envolto naquela capa vermelha. Me via às voltas com um lençol bancando o super-herói para meus colegas. 

4 de maio de 2011

Ainda Tento Descobrir

        E nunca tivemos uma conversa profunda, se bem que: descobrir que Tião já teve um encontro com os livros do Paulo Coelho já é algo bem impactante do ponto de vista da pose - pose dele, não minha. E é isso, seu aniversário é hoje e eu nem o conheço bem. 

     Já cheguei em casa, estou aqui sentada  no meu sofá vermelho ouvindo o Pink Floyd aquele CD que foi de um filme . Sim, o “The Dark Side of The Moon”, mas também gosto do “Division Bell”. É, eu estou ouvindo pra ver se surge alguma idéia do quê.

2 de maio de 2011

Impregnada nos Seus Lábios

Lamentável tudo. Mesmo aquele dia em que eu fui praí te encontrar naquele fim de manhã confuso.

E a confusão estava em você que mal observou como eu estava àquela hora em que te olhei e você me olhou e me deu um beijo seco e limpou sua boca como se fosse uma água nojenta que você havia tomado ou uma sujeira bandida impregnada nos seus lábios.

E eu jamais vou esquecer aquele dia de fim de manhã ensolarado com  a minha blusa amarela e o meu sorriso pela metade tamanho desconforto sentido por mim àquele lamentável diazinho de fim de manhã. 
      

27 de abril de 2011

Acabou o Segredo

- Olha filha, o que eu comprei pra você!
- Deixa eu ver! Deixa eu ver! Ah.
- O que foi, não gostou?
- Acabou o segredo, mãe. Você não sabe?
- Por quê?
- O tempo mudou, a vida mudou, as pessoas mudaram, eu mudei.

25 de abril de 2011

Bretton



       O nome dele era Calixto, mas não gostava de ser chamado assim: preferia o sobrenome Bretton que lhe dava um certo ar de superioridade.

E, na verdade, todos esperavam dele as melhores coisas como: o melhor sapato, a melhor roupa, a melhor casa, o melhor carpete e.

Calixto sustentou esse status durante muito tempo até um dia quando ele não aguentou mais e escreveu a seguinte carta. Eis um trecho da mesma.

20 de abril de 2011

Falácias de Um Dia Qualquer de Abril – Abril é bonito né...

          O que eu tenho pra te dizer é tão extenso, tão extenso - que demoraria o caminho todo e ainda ia restar coisas pra te falar.

Mas eu quero dizer que eu gostava quando você ligava e dizia : hello! Hello! Hello do outro lado da linha e também gostava de deitar do teu lado e olhar nos teus olhos e ficar admirando o quanto eles são lindos e como eles ficavam agitados quando você começava a divagar sobre um determindado assunto que você ia buscar lá longe, e você começava a me explicar e explicar e, às vezes, perguntava se eu estava achando chato e eu dizia que não. E eu, de fato,  estava achando interessante.

18 de abril de 2011

Em Vida com Keto Pedregulho

   E já nos momentos finais da vida, por lamento ou por uma besteira qualquer , Keto Pedregulho resolve reviver fatos passados...

Keto Pedregulho em vida - Sim, estávamos todos lá sentados ao pé da macieira conversando sobre coisas. Dessas coisas de vã filosofia ou do tipo pseudo, quando comecei a divagar assim:

-“Eu? Todos os dias digo a mim mesmo que está tudo bem: eu minto”
    - “Você mente?”
    -“É, mas no fundo eu realmente estou bem. É que eu ando meio confuso com algumas coisas”
 

15 de abril de 2011

Eu Vou Chover na Sua Praia!

  Esta é a história de Adélia, moça nobre de coração e cheia de vontade de crescer na vida. O problema é que Adélia conheceu Heitor e ela se apaixonou por ele duas semanas depois de sentir seus braços fortes junto aos seus.

  Acontece que Heitor não é flor que se cheire, Adélia só descobriu isso depois que eles foram a uma festa juntos, pobre Adélia: tão meiga e tão ingênua.

10 de abril de 2011

É Gol! É Gol! É Gol!

Afinal de contas, tem coisa mais bonita do que ver torcedores gritando, aplaudindo o time do coração?

         - Definitivamente não!

Mais bonito que torcedores em dia de jogo, só torcedores em dia de carnaval fantasiados de heróis da bola.
Pois é, é lindo ver a rua agitada: cada um com sua bandeira e a emoção rolando ou mesmo a emoção inversa que é a tristeza de ver seu time perdendo para o rival da cidade ou para um timão lá do Sul ou Sudeste. É Gol! E quem levou a melhor?

6 de abril de 2011

Comprexo de Fracassado Político-Amoroso

Sabe de uma coisa? E sabe bem, cansei de ser político com as pessoas. Essas mesmas pessoas que me destroem toda vez que dizem que a vida tem que ser exatamente como elas concebem: um fracasso. Do tipo, hoje eu não faço, deixa pra depois que eu vou curtir meu status quo – embora seja passageiro. Bobocas!

28 de março de 2011

Complexo de Fracassado

     - Mas a vida não acabou!- Indagou Chester ao seu amigo Cris Bulhão, quando este estava pronto para bater a porta na cara dele.

     - Mas nada acontece de grande pra mim, caramba! O que você quer que eu faça?- Disse Cris Bulhão, desistindo de fechar a porta na cara do amigo... e continua...

    - Porra, nada de realmente grande me aconteceu durante esses anos todos Chester, a minha vida tá uma negação. Tudo tão escuro, cara. Você não tem idéia do que eu tenho passado. Tenho tido complexo de inferioridade, até os meus amigos menos inteligentes conseguiram algo realmente bom. Claro que não era o que eu almejava, mas conseguiram! Puta merda! Você quer que eu dê risada disso tudo é? Como? Como? Se você soubesse...

27 de março de 2011

Mortinho da Silva! - salve-se quem puder



          Carlos Frederico saiu em busca de trabalho numa cidadezinha pequena de Maremoto. Chegando lá conheceu Efigênia, com quem se amancebou. Não tinham muita coisa. Faltava até comida. Carlos nem conseguiu um emprego. Um dia qualquer desses sem comida, Carlos se viu desesperado diante do chororô de Efigênia e saiu em busca de ajuda. Não

18 de março de 2011

Conversa com Estranhos - nem sempre se aprende

    Tem muita gente por aí que diz que gosta de desabafar com estranhos, mas nem sempre isso parece bom quando se é o ouvinte. Tava lá na fila do banco, devidamente sentada com a fichinha na mão esperando a vez, quando sentou com homem com seus bem vividos 45 anos mais ou menos e começou a falar assim do nada – acho que ele foi com a minha cara, tem disso né?

Homem com seus 45 anos bem vividos diz:

  

4 de março de 2011

Na Tua Inconsciência

Dança,

Vê tua dança alegre e entristece

Cresce e vê o salão à tua volta

Está cheio de dançarinos que como tu

Dançam ao som da música que só tu ouves


Dança na tua inconsciência e

Na tua alegria alegre!

Os passos da vida são tão breves

Aproveita! O são é todo teu, menina!

2 de março de 2011

Juntando Trapos



   Acabo de ligar o rádio aqui e adivinha? Começou a tocar aquela música que você adora: Belle and Sebastian cantando Funny Litle Frog “I come home late at night and I love your soul” lembrei de você e das nossas conversas de um dia qualquer chuvoso quando você ainda estava brincando de ser descontraído e eu adorava esses momentos porque eu te pegava assim desapercebido de si e a gente ria tanto de tanta coisa besta e era tão bom que eu me perguntava se era você mesmo.