Nunca fui capaz de dizer eu me rendo. Mas ao mesmo tempo penso que, como todos dizem, pronunciar ‘nunca’ é coisa muito forte. Portanto me corrijo e digo que não tinha havido, em minha vida, a oportunidade de me render para um outro ser assim como aconteceu. E olhe que em minha vida já passou o King, a Priscila, o Marrom, o Carrilhão e talvez a memória tenha me falhado. Mas o que é a memória quando não se sabe distinguir entre a doação real e a doação inventada. A retórica diz que não é nada. Ser assaltada por sentimentos de cuidado, preocupação, tensão e temeridade não é coisa que acontece todo dia, ao menos para mim.