E ela replicou com firmeza: - Não, você mata as pessoas. Você as prende e castra. Isso é intensidade?
E ele ficou olhando para ela com aquele olhar duro que ela bem conhecia e que a fazia sentir calafrios só de estar perto. Depois de algum tempo ele piscou, tirou os óculos do rosto, limpou na camisa marrom e disse:
- Ninguém vive sem ser TODO. E para ser todo é preciso ter duas partes como Yin-Yang, como o claro e o escuro, como o Sol e a Lua, como o dia e a noite, como. Você não quer ser só, quer?
E ela ficou de boca aberta durante algum tempo e depois retrucou: - Isso não é ser TODO. É puro desespero. Imagina. Eu não sou intensa e não conheço nada desse TODO que você fala ou desse Triângulo Invertido que uma vez você me falou e me disse que os pontos se ligam e você pode ser o que quiser.
Ele arregalou os olhos e disse: - Não sabia que você havia prestado tanta atenção a isso. Acho que você não absorveu tudo, mas...
- Olha, ela disse a ele, eu cansei de te ouvir falar disso e não quero mais nada. Só ir embora agora. E depois, sou aos poucos e não acredito nesse negócio de intensidade mórbida.
- Olha, ela disse a ele, eu cansei de te ouvir falar disso e não quero mais nada. Só ir embora agora. E depois, sou aos poucos e não acredito nesse negócio de intensidade mórbida.
Ele ouviu tudo de olhos arregalados e depois retrucou: - Vai. Você é uma louca por jogar tudo fora.
Ela pensou em dizer para ele que nunca houve o TODO e que é preciso mais do que simples teoria para se viver a dois. Preferiu se abster e seguir em frente.
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