25 de julho de 2011

João e o Pé de Feijão

João, rapaz avarento, gastou o último centavo que a mãe guardava na algibeira. Esta, por sua vez, vê-se obrigada a vender a única coisa que lhe resta: uma vaca.

Encarregado de fazer o negócio, João encontra um açougueiro que lhe propõe uma troca: a vaca por um pé de feijão mágico. Pensando ter feito bom negócio, ele volta eufórico; mas quando a mãe toma conhecimento da besteira que o filho fez, retruca: “meu filho, como você é bobinho; vamos dormir com fome”. E o João, para mostrar que é esperto, diz: “mas o moço falou que o pé de feijão é mágico”.


Nunca uma fábula fez tanto sentido quando comparada aos moldes atuais de fazer negócio; a diferença é que hoje os feijões não são mágicos.

E todos querem obter o melhor resultado quando fazem uma compra: de preferência obter maior lucro e menos prejuízo. Sendo, hoje, a vaca leiteira, o dinheiro; a quantidade dessa moeda de troca é que vai determinar a liquidez do comprador perante o vendedor àvido por aumentar seu patrimônio.

A quantidade de dinheiro no mercado consumidor é que define a demanda por um produto. E assim caminha a humanidade em busca de barganhar mais uma venda ou compra para manter o caixa em ordem. Já para a dona de casa, a luta é para não deixar faltar feijão e arroz na mesa.

O ápice da parábola, que move o João a enfrentar o gigante da história, está no desejo de obter a tão falada galinha dos ovos de ouro.

Para uma empresa, obter os ovos de ouro, significa conquistar uma grande fatia do mercado. Nem que para isso ela tenha que travar uma acirrada competição com seus concorrentes.

Para uma família, isso significa ter a quantidade suficiente de dinheiro para viver com um mínimo de dignidade.

As empresas grandes tem uma maior probabilidade de conquistar seu espaço no mercado e ganhar dinheiro.

Uma família grande não tem maior ou menor probabilidade. Não tendo dinheiro para por feijão e arroz na mesa, ela se iguala a uma família pequena de igual situação financeira. Vida difícil.

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