13 de junho de 2011

Dias de Euforia

No dia em que a euforia tomou conta de mim eu estava sentada na cadeira ao lado da janela vendo os carros passarem para lá e para cá tocando suas buzinas frenéticas e acendendo seus faróis enfezados. 


No dia em que a euforia tomou conta de mim eram tantas luzes vermelhas piscando na escuridão daquela rua ao longe.

E eu só via tudo do alto daquele sobrado velho da rua do Espiador ao cair da noite no meio do barulho de vozes eufóricas e subtonadas por um motivo qualquer que eu. Eu também ouvi muitas gargalhadas nos meus dias de euforia sem causa e ao mesmo tempo por um motivo qualquer. 

         No dia em que a euforia tomou conta de mim eu decidi falar e vestir vermelho só para provocar a minha imagem no espelho.

Nesses dias de euforia eu corro, danço e digo que está tudo azul ou vermelho por um motivo qualquer que desconheço e só conheço quem é eufórico como eu às vezes de dia e de noite com faróis acesos ao longe.

Nos dias de euforia eu falo tanto quanto escrevo o que está à volta dos faróis, das janelas, das esperas. Das. Dos dias de euforia.

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