Quando chegou, hesitou um pouco por conta da escuridão que tomava o espaço. Não que o escuro fosse coisa estranha: toda noite, fechava completamente a porta e as janelas, conferia a cortina e tirava da tomada o aparelho televisor. Tudo para não ter uma luz sequer.
Mas ali, frio de arrepiar a espinha, o escuro era outro, porque era misto de pouca luz e dúvida. Não havia idéias claras, nunca havia estado ali, sequer saberia voltar. Foi contornando as ruas conforme ele havia explicado – e, enfim, chegara.
“Ninguém tem o direito de me ter nos braços e passar o dia seguinte como se nada tivesse acontecido”, disse de si para si. Era 22h15; ela o esperava.
Texto realizado em parceria com meu amigo Deivid do Blog Impressões Sobre o Mundo Adulto!
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